Calma gente... devagar.... Um de cada vez !!! rsrsrsrs
É... infelizmente a realidade é bem longe da piadinha infame acima.
Quem quer ser mídia?
Praticamente ninguém.
A gente percebe isso quando entra numa sala de aula de último período e faz a pergunta de interesse por área.
Nas décadas de 80 e 90, 90% queriam criação, 7% atendimento e 1% mídia e 2% outras... rsrs
Já nos anos 2000 a preferência passou a ser o atendimento.
A pobre mídia nunca foi cogitada como opção.
Ainda no 5º período da faculdade Cásper Líbero, por me envolver em tudo que acontecia por lá - de entregar panfleto em palestra a organizar a agência experimental - acabei recebendo um convite junto com mais duas colegas de sala para um estágio na mídia da Almap.
Putz, a Almap era a maior agência do país na época, sabe o que isso significa, né?
Como era na mídia só eu me interessei – gostava das aulas.
Depois de dois meses acabei efetivada e fiquei por lá 3 anos.
Já naquela época o departamento de mídia abrigava os profissionais mais inconformados com a falta de reconhecimento e a baixa remuneração.
Mídia nunca foi tema de filme em Hollywood ou de novela da Rede Globo como a criação. Mídia não tem prêmio Profissionais do Ano, não sai na capa da Caras, não participa de Festvídeo, Festgraf ou coisas do tipo.
Ahh, sejamos justos. O prêmio Caboré, criado em 1980 pelo pessoal do Meio e Mensagem, tem uma categoria para “profissional de mídia”. E tem o prêmio Estadão em conjunto com o Grupo de mídia que premia monografias e tem o MaxiMídia que premia cases. ÓH! Já são três.
Mídia era o departamento que trabalhava até depois do horário e tinha que chegar na hora. Aliás, até hoje é o “apaga incêndio”. Se for conta de varejo então, Nossa Senhora!!!
Mas gente! Como foi divertido. Como foi enriquecedor.
Faria tudo de novo, sem pestanejar.
Foi nessa época que comecei a entender, de verdade, a importância de um planejamento estratégico de mídia.
Todo mundo sabe que dá pra fazer um planinho de mídia chutado e até convencer o cliente que vai dar certo, mas nada melhor do que ter certeza do que se está fazendo.
Ano passado, meu querido amigo Joãozinho, nos convidou – a mim e ao meu marido – para a banca de TCC do pessoal da publicidade da Unaerp. A maioria dos grupos foi muito bem em criação. Havia alguma deficiência no desenvolvimento de “conceitos”, mas isso é normal dentro deste tipo de trabalho. Alguns probleminhas na adequação do brieffing, também normal e muitos problemas na área de mídia.
Fiquei triste. De verdade.
O que será do nosso mercado em 10, 15, 20 anos?
Teremos que desenvolver um programa de computador que fará plano de mídia? E as variáveis? E os mercados onde a pesquisa não está disponível? E o feeling, a intuição a avaliação pessoal que são sim importantes no conjunto?
Mídia pode ser muito legal, vamos dar uma chance a ela?
Vem gente!!!